Na ONU, Israel agradece por ataque dos EUA, e Irã alerta para 'resposta proporcional'

NOVA YORK — Durante uma tensa sessão no Conselho de Segurança das Nações Unidas nesta segunda-feira (23), representantes de Israel e do Irã trocaram duras declarações após a mais recente escalada militar no Oriente Médio envolvendo os Estados Unidos

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O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, agradeceu formalmente o governo norte-americano pelo ataque aéreo realizado no último fim de semana contra uma base do Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana na Síria, acusada por Washington de planejar ações contra tropas americanas na região.

“A ação dos Estados Unidos foi legítima e necessária. Agradecemos o apoio contínuo à estabilidade regional e à defesa contra o terrorismo financiado pelo regime iraniano”, declarou Erdan durante seu pronunciamento.

A ofensiva dos EUA, realizada com drones de alta precisão, deixou ao menos 14 mortos, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, incluindo membros de milícias aliadas ao Irã. O Pentágono confirmou o ataque, justificando que se tratou de uma resposta a investidas recentes contra bases americanas no Iraque e na Síria.

Em resposta, o embaixador do Irã, Amir Saeid Iravani, classificou a ação como uma “violação flagrante da soberania síria” e acusou os Estados Unidos de atuarem como “agressores ao serviço de Israel”.

“O Irã se reserva o direito de responder de forma proporcional e no momento apropriado. Qualquer nova provocação será enfrentada com firmeza”, afirmou Iravani.

A sessão da ONU ocorre em meio a um cenário regional cada vez mais volátil, marcado por ataques cruzados entre milícias pró-Irã e forças americanas, além da crescente tensão entre Israel e o Hezbollah, no sul do Líbano.

Representantes da Rússia e da China condenaram o ataque dos EUA e pediram contenção por parte de todas as potências envolvidas. Os EUA, por sua vez, reafirmaram que não buscam uma guerra com o Irã, mas que responderão a qualquer ameaça contra seus militares e aliados.

A comunidade internacional acompanha com preocupação os desdobramentos, temendo que uma escalada possa resultar em um confronto direto entre Teerã e Washington, com impacto global.